Sendo fundamentais para uma eficiente KPIs gestão do varejo, os indicadores-chave de desempenho, também conhecidos como KPIs, são as métricas essenciais que todo varejista deve monitorar para entender a situação da empresa. Os números não mentem, e os KPIs podem ajudar você a identificar qual área está melhorando e qual não está atingindo as metas e, o mais importante, como e onde fazer mudanças para garantir que os negócios continuem a crescer.

Existem centenas de KPIs diferentes que podem ser acompanhados, mas quais deles são mais relevantes ao planejar o futuro? Alguns KPIs são mais valiosos do que outros para os varejistas? Veja a seguir os 10 indicadores-chave de desempenho que os varejistas devem analisar para ter sucesso no novo mercado de varejo.

10 KPIs para a gestão do novo varejo

  1. Overstock

Representa a quantidade de estoque em unidades e em valor de custo excedente para atender à demanda prevista com base nos parâmetros estabelecidos pela empresa. Ele nos ajuda a identificar os produtos que estão em quantidade maior do que o necessário para a loja e prescreve recomendações a serem feitas.

O overstock é calculado no nível SKU-loja. Por exemplo, uma loja pode ter overstock e fazer um pedido de reposição de diferentes SKUs.

  1. Faturamento

Um dos pilares fundamentais do varejo. Para calculá-lo, basta coletar o total de operações comerciais feitas ou então multiplicar o número de produtos comercializados em um período específico pelo valor de venda.

Esse indicador por si só não é relevante. É importante analisá-lo como um todo para saber o que fazer com essas informações para que possamos entender a origem do problema.

  1. Transações

Um dos principais objetivos do varejo é maximizar o volume de transações de alta qualidade. Esse indicador mostra na forma de um gráfico o volume de operações comerciais que realizamos para atingir nosso faturamento.

Se conseguirmos maximizar o volume de transações sem afetar o preço médio de venda por transação e o número de itens incluídos em um tíquete médio (UPT), vamos alavancar o faturamento da empresa.

  1. Tamanho médio do carrinho

É o gasto médio de um cliente por tíquete em um determinado período. A fórmula é a seguinte: total de vendas dividido pelo total de tíquetes (não se considera as devoluções).

É um objetivo de qualidade estabelecido pela empresa e é acompanhado a fim de comparar e analisar as tendências de vendas.

  1. Margem bruta

É a diferença existente entre os rendimentos, excluindo os impostos, e valor de custo da mercadoria.

Quando mostramos essa diferença em termos numéricos, analisamos a contribuição. Se expressamos esse valor em porcentagem, mostramos essa diferença em relação ao custo, ou seja, o percentual de margem bruta que obtemos.

O principal objetivo de uma empresa é maximizar seus resultados de margem, faturando os mesmos valores, mas gerenciando melhor o custo do nosso estoque.

  1. DV (Design variation)

Mostra em termos percentuais o número de modelos vendidos em relação ao total de modelos presentes na empresa em um determinado período. A análise é realizada no nível de código raiz (estilo + cor).

A vantagem desse indicador é que ele mede o desempenho do mix da coleção ao longo de um período. O ideal é que esse indicador seja 100%, pois esperamos que pelo menos uma unidade  de cada modelo implementado nas lojas seja vendida.

  1. Giro

É o inverso da cobertura. Mostra o número de vezes que um item é renovado no estoque em um determinado período. Compara a gestão de compras e a qualidade do estoque.

  1. GMROII

É a abreviação do termo “Margin Return on Inventory Investment”, que analisa a produtividade do investimento em estoque. Indica a quantidade de margem bruta recuperada para cada euro investido em estoque. O resultado deveria ser 100%, pois queremos recuperar pelo menos o mesmo valor investido.

  1. Ruptura de vendas

Indica em percentual a progressão da taxa potencial de vendas de itens que, por não terem estoque, não conseguiram atender à previsão de vendas.

Quantifica o quanto deixamos de vender por não ter estoque suficiente para atender à demanda. Isso nos ajuda a corrigir o estoque por loja ou aumentar a compra. Ou seja, ele tem uma função de alerta.

  1. Eficiência de estoque

Esse indicador criado pela Analyticalways ajuda a saber se uma empresa é eficiente em termos gerais. Compara os níveis de DV, TRN e GMROII aos objetivos individuais de cada um deles, para que possamos entender de forma clara  o quão perto ou longe estamos do nosso objetivo. Essas equidistâncias entre o objetivo e o resultado de cada indicador são calculadas para gerar o que chamamos de porcentagem de eficiência na gestão de estoque.

Se maximizarmos os resultados do giro, da eficiência no mix da coleção e das margens, podemos dizer que estamos maximizando a eficiência na gestão de estoque.

Ao monitorar regularmente esses indicadores, as empresas podem identificar tendências e tomar decisões informadas que impulsionem a melhoria. Por exemplo, se a rotatividade de estoque for menor do que o esperado, isso pode indicar um excesso de inventário ou uma falta de demanda por determinados produtos. Nesses casos, as empresas podem ajustar suas estratégias de inventário, talvez oferecendo promoções ou descontinuando os itens com baixo desempenho.

Além disso, compreender a eficiência do mix de coleções ajuda as empresas a gerenciar seu fluxo de caixa de forma mais eficaz. Se certos segmentos de clientes atrasam consistentemente os pagamentos, pode ser o momento de reavaliar os termos de crédito ou melhorar a comunicação com esses clientes. Essa abordagem proativa não só melhora o fluxo de caixa, mas também fortalece os relacionamentos com os clientes.

As margens, por outro lado, fornecem informações sobre a rentabilidade. Ao analisar quais produtos ou serviços geram as margens mais altas, as empresas podem concentrar seus esforços em promover esses itens, o que, em última análise, aumenta a rentabilidade geral.

Esses 10 KPIs gestão do varejo servem como um roteiro para empresas que buscam melhorar a eficiência de sua gestão. Ao aproveitar os dados e as informações fornecidas por essas métricas, as empresas podem fazer ajustes estratégicos que levam a um melhor desempenho e crescimento sustentável. A chave é permanecer vigilante e adaptável, garantindo que o negócio evolua em resposta às condições de mercado em mudança e às necessidades dos clientes.